Importância da Experimentação para o Ensino de Ciências
“(...) destacam que a construção do
conhecimento em sala de aula é mediada pela linguagem e que o discurso
produzido na interpretação das atividades é no mínimo tão importante quanto às
próprias atividades realizadas pelos alunos (Marandino, M. Cad. Bras. Ens. Fis.
20(2):168-193, 2003).”
Segundo vários estudiosos da área de educação, mais especificamente sobre o ensino de ciências, realizar experimentos científicos desperta o interesse dos alunos nos diversos níveis de escolarização. Não é incomum ouvir de professores a afirmativa de que a experimentação aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas pertinentes ao conteúdo abordado em sala.
Em nossa escola, observamos que, em geral, os alunos atribuem à experimentação um caráter motivador e essencial para instigar a curiosidade acerca do mundo a sua volta, porém, mais do que abordar a opinião de nossos pequenos sobre as aulas do Clube de Ciências, nossa proposta aqui é informar aos pais qual a importância da experimentação e seu papel no processo de elaboração do pensamento científico.
Nas aulas do Clube de Ciências, uma vez estabelecido um problema, os alunos vão se ocupar em efetuar experimentos, observações cuidadosas, coleta de dados e registro desses dados para posterior discussão em sala numa tentativa de elaborar hipóteses para explicar os fenômenos observados. Espera-se que este processo de formular hipóteses contextualizadas no experimento, contribua para o desenvolvimento do raciocínio lógico, a capacidade de questionar, bem como estimular o interesse acerca dos mais diversos temas relacionados à ciência, o que resultará na formação de um cidadão que, segundo Pedrinaci et al. (2012), chamamos de “cientificamente competente”.
Nas turmas de 1º e 2º ano os alunos estudaram as diferenças entre seres vivos e não vivos, entenderam como e porque os cientistas classificam os animais, além de terem estudado e acompanhado o desenvolvimento da lagarta até nascer uma borboleta. Finalizaram o semestre com a montagem de um terrário e um aquário para observar e estudar as diferenças entre os dois ambientes, sua fauna e sua flora. Nas fotos abaixo vemos as crianças observando o terrário ainda em construção e estudando um dos animais que povoam este “mini-ambiente”, os caracóis.
Já as turmas do 3º ao 5º ano foram trabalhados assuntos como anatomia das plantas, respiração celular, diferentes tipos de células, sustentabilidade e decomposição da matéria orgânica. Em todas as turmas do Fundamental II os assuntos trabalhados foram pesquisa científica, sustentabilidade, divisão celular, estrutura e função do DNA, avanços na tecnologia do DNA-recombinante. Como parte da atividade de sustentabilidade os alunos gravaram um vídeo sobre o assunto ou fizeram animações que foram assistidas pelas turmas do ensino Fundamental I para escolha dos melhores que ainda serão divulgados e premiados com um certificado de honra ao mérito. Destaque também para o estudo da estrutura do DNA que contou com o auxílio do prof. Kami! Ele nos ensinou a construir um DNA de origami e, assim, pudemos observar de maneira tridimensional como se organiza esta molécula tão importante para nossas células!
Sobre os avanços da Tecnologia do DNA Recombinante os alunos apresentaram uma miniconferência sobre o assunto e fomos a um passeio até a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto para visitarmos o Laboratório de Biologia Molecular de Plantas da Profa. Dra. Maria Helena S. Goldman. Lá os alunos tiveram contato com a pesquisa científica, viram equipamentos de última geração sobre os quais apenas ouviram falar ou viram por foto. Além deste laboratório, aproveitamos a ida à USP para conhecermos outros dois campos de pesquisa da biologia! Foram visitados o Laboratório de Neurobiologia de Peçonhas do Prof. Dr. Wagner Ferreira dos Santos e Dr. José Luiz Liberato e o Laboratório de Zoologia de Vertebrados do Prof. Dr. Flávio Bockman e Prof. Dr. Ricardo Macedo.
Às nossas aulas soma-se ainda o fato de serem ministradas no idioma inglês, o que permite ao aluno uma maior vivência na língua.
Science Club - Teacher Simone de Carvalho Peixoto